sábado, 23 de agosto de 2008
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Não posso deixar de dar a minha opinião acerca de um assunto que me anda a chatear e muito. É acerca da prestação dos nossos atletas nos jogos olímpicos que pessoalmente n considero má, tendo em conta as condições de trabalho de grande parte deles e aqui estou a falar dos que n são profissionais. Mas para meu espanto nos jornais vejo a nossa comitiva a ser muito mal tratada.
Agora lanço aqui uma questão de que ainda n ouvi falar; e a vergonhosa prestação das nossa "vedetas " da selecção de futebol no campeonato europeu, que se julgam grandes estrelas e nos momentos decisivos é a vergonha que se vê...
Agora lanço aqui uma questão de que ainda n ouvi falar; e a vergonhosa prestação das nossa "vedetas " da selecção de futebol no campeonato europeu, que se julgam grandes estrelas e nos momentos decisivos é a vergonha que se vê...
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
sábado, 9 de agosto de 2008
DESATERRO
Não te posso mentir: o teu desenho é feio;
E a minha assinatura
Só ia sem receio
Para a bonita altura
Da curva do teu seio…
Mas tens o corpo são, moreno e forte,
Com promessas no rosto e na bacio;
E a sorte
Quando te fez assim morena e forte,
Lá pensou no que fazia!...
Eu, que sonhei certa noite
Em que tudo aconteceu,
Digo, sinceramente:
O teu corpo é rijo e quente
E amoldou-se ao meu…
Porém,
Deus não me fez poeta e D João
Para ser pai.
O meu amor é raro e nunca vai
Confirmar as palavras de ninguém…
Amo a estéril mulher loira e criança
Que joga a minha vida e a minha herança…
…E tu só podes ser mãe!...
Miguel Torga
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
“… Nas escadas soaram passos trôpegos, incertos, e Mack surgiu à porta. Trazia a cara vermelha. Parou indeciso a meio do quarto.
- Doutor – disse ele –, eu mais os rapazes…
De momento o doutor parecia não o ver. Mas de repente pôs-se de pé. Mack recuou. – Foste tu quem fez isto?
- Bom eu e os rapazes… – O punho, pequeno e duro, avançou e despediu contra a boca de Mack. Os olhos do doutor avermelharam-se de fúria animal. Mack sentou-se no chão pesadamente.
O punho do doutor era duro e contundente. Os beiços de Mack tinham fendido de encontro aos dentes e à frente ficou um dente perigosamente inclinado para dentro.
- Levanta-te – berrou o doutor.
Mack levantou-se cambaleando. Ficou de mãos caídas. O doutor bateu-lhe novamente: um murro matemático, punitivo, na boca. O sangue rebentou dos beiços de Mack e escorreu-lhe pelo queixo. Tentou lamber os beiços.
- Põe as mãos p’ra cima. Defende-te, filho da mãe – berrou o doutor e bateu-lhe de novo, ouvindo estalarem-lhe os dentes.
A cabeça de Mack deu uma sacudidela e ele firmou-se para não cair. E as mãos continuaram inertes aos lados.
- Ande lá doutor – disse ele por entre os beiços feridos –, qu’eu mereço.
Os ombros do doutor curvaram-se, derrotados.
- Filho da mãe – disse, amargurado, – safado filho da mãe.
Sentou-se na cama e examinou os punhos feridos. …”
Excerto do livro “ Bairro da Lata” de John Steinbeck
- Doutor – disse ele –, eu mais os rapazes…
De momento o doutor parecia não o ver. Mas de repente pôs-se de pé. Mack recuou. – Foste tu quem fez isto?
- Bom eu e os rapazes… – O punho, pequeno e duro, avançou e despediu contra a boca de Mack. Os olhos do doutor avermelharam-se de fúria animal. Mack sentou-se no chão pesadamente.
O punho do doutor era duro e contundente. Os beiços de Mack tinham fendido de encontro aos dentes e à frente ficou um dente perigosamente inclinado para dentro.
- Levanta-te – berrou o doutor.
Mack levantou-se cambaleando. Ficou de mãos caídas. O doutor bateu-lhe novamente: um murro matemático, punitivo, na boca. O sangue rebentou dos beiços de Mack e escorreu-lhe pelo queixo. Tentou lamber os beiços.
- Põe as mãos p’ra cima. Defende-te, filho da mãe – berrou o doutor e bateu-lhe de novo, ouvindo estalarem-lhe os dentes.
A cabeça de Mack deu uma sacudidela e ele firmou-se para não cair. E as mãos continuaram inertes aos lados.
- Ande lá doutor – disse ele por entre os beiços feridos –, qu’eu mereço.
Os ombros do doutor curvaram-se, derrotados.
- Filho da mãe – disse, amargurado, – safado filho da mãe.
Sentou-se na cama e examinou os punhos feridos. …”
Excerto do livro “ Bairro da Lata” de John Steinbeck
terça-feira, 5 de agosto de 2008
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